Muito se tem falado de coletivos neste ano de 2009. Garapa, Cia de Foto, Pandora, são alguns dos nomes que logo nos surgem como exemplos típicos de fotografia colaborativa. Mas eu tenho como certo que duplas como a do casal Louise Chin e Ignácio Aronovich, que formam o LostArt, são também coletivos pertencentes ao mesmo conceito.
Fotografam juntos, editam juntos, assinam como LostArt.
O caso é que nem sempre assinam juntos; em vários dos ensaios e séries do site encontramos o crédito separado, assim:
photos © ignacio aronovich / LOST ART – photos © louise chin / LOST ART
Por que? Qual o critério? O que eles pensam a respeito do Creative Commons? Pois bem, os mistérios que cercam o casal “low profile” são proporcionais ao seu sucesso, principalmente internacional.
As famosas séries Lost in Slovenia, Paraíba Dreams, e a mais recente (fotos acima) La Danse du Chaos nos dão uma idéia da criatividade, energia e qualidade de seu trabalho. (Veja um breve artigo sobre esta série clicando aqui).
Aí começa o meu problema! Fui convidado pela organização do Paraty em Foco a entrevistar os dois durante a semana do festival. O problema? Somos amigos! O perigo está em se transformar a entrevista em uma conversa de comadres.
A solução porém é simples; vamos TODOS perguntar o queremos saber do casal LostArt!
Será uma entrevista colaborativa de fato, com o espírito do festival e de acordo com o modo que Ig e Louise escolheram para viver e fotografar, compartilhando tudo o que podem.
Como fazer? Simples!
Coloque a sua pergunta nos comentários abaixo, ou a envie para clicio@clicio.com.br. As perguntas mais frequentes, as mais curiosas e as mais engraçadas vão ser usadas durante a entrevista no Paraty em Foco!
Em tempo; em seu (deles) site, há a possibilidade de você mostrar o seu trabalho, em uma área apropriadamente chamada de “Espaço Aberto”. Não custa tentar, mas a curadoria é rigorosa…
Vocês decidem o destino das viagens como um planejamento ou encaram como um job?Seria uma pauta em comum acordo ou um planejamento de férias com faro de repórteres fotográficos?Sempre procurando extrair as melhores imagens de uma reportagem?
Cada um clica uma imagem/paisagem diferente ou os dois fotografam o mesmo assunto e depois selecionam?
O coletivo acontece no momento de preparar as pautas?
Durante o click é cada um para seu lado dentro do mesmo assunto?
A pós-produção é também conjunta ou há uma preocupação para que cada um demonstre o seu olhar e seu estilo?
Tenho uma opinião de que os coletivos estão com um processo de pasteurização na pós-produção, não é o que vejo no casos de vocês Ig e Lou.
Abraços.
Vou perguntar sobre a parte chata do trabalho…
Vocês mesmos cuidam da parte administrativa/gerencial do trabalho de vocês ou têm alguém para fazer isso?
Grande Abraço!
Vejo o trabalho coletivo como um todo desde o inicio do projeto até a finalização do mesmo na edição, mas o importante é como se trata o assunto na captação, na distribuição de realizar clicks importantes para a finalizaçao do projeto, logo gosstaria de saber como o LostArt trata esse assunto? Como eles dividem a tarefa de fotografar dentro do roteiro idealizado? Abs
Como dinossauros que são, na arte de fotografar, como encararam a mudança do filme para a digital, vocês tiveram algum tipo de resistencia ou dificuldade? Essa mudança pra vocês, afetou o mercado de trabalho?
Abraços!
[…] Ig e Louise devem falar bastante no PEF 2009 (aliás, quem quiser saber mais é só participar do pool criado por Clício como entrevista […]
tá bom, seguinte: “como é que vocês conseguem fazer o trabalho pessoal de vocês com TANTA frequência? ou talvez: como se faz pra transformar um trabalho pessoal em algo comercialmente viável? o trabalho (pessoal) de vocês É comercialmente viável? existe (existiu) uma adaptação no trabalho e nos projetos e idéias para que tudo isso se tornasse vendável? ou ele é somente realizável? qual a interlocução que alguma pessoa ou sistema que possa financiar um trabalho de um artista espera deste mesmo artista?”
to+
Sou estudante de fotografia e venho aprendendo e desenvolvendo esse profissional em mim num processo muito criterioso e demorado (no sentido de procurar respeitar o tempo que tomar). Tenho penado em choques entre a tecnica e a criatividade, nem sempre consigo colocar as duas no mesma foto.
Gostaria de saber de voces, se houve momentos assim na construcao desse caminho LostArt, e o que fizeram para dribla-los (como ex: voltar aas mecanicas num exercicio de se por a prova/ aumentar os conhecimentos e referencias sobre fotografos ate se achar satisfeito/ viajar, espairecer e limpar a mente…), uma vez que é tao CLARA a autonomia e seguranca de voces!!
A seguranca, vem só da experiencia ou tambem de uma clareza a ser achada como comunicador?
🙂
TB
Ola
Sou fotografo e tambem trabalho com minha esposa ha 8 anos. Ela nao é fotógrafa. No nosso caminho, muitas vezes sofremos desgastes e atritos, pois convivemos muito juntos.
Como Vocês, Ig e Lou, administram? O que consideram importante pra que a relação profissional e pessoal nao se desgaste?
Parabens pelo trabalho sempre magnifico!!
Grato pela atenção
Alexis Prappas
Aos meus ídolos e caros amigos pergunto.
Como lidar com o achatamento das verbas ? Como vcs tem contornado quando um CLiente pede uma cobertura de agum evento, ex: esportivo, e no meio da negociação que já estava firmada, praticamente aprovada, ou as vezes até mesmo já tendo sido aprovada e te ligam para dizer I’m sorry mas nnao vamos mais poder manter o nosso compromisso porque precisamos cortar custos e mandaram eu contratar um outro com um valor bem abixo do de vocês … A não ser que vcs abaixem o valor
Como agir ? Pau neles ? Exige o cumprimento do combinado ? Cede ? Negocia ? Manda catar coquinho ? Ou liga pro concorrente estúpido e fala que ele tá louco jogando o mercado abixo ?
Ou NRA ?
abçs
A
Quando penso sobre coletivo, penso sempre numa uniformização do olhar. Não no coletivo que se junta para produzir, mas no que assina coletivamente. Vocês, que diferenciam o crédito das imagens produzidas, o que acham dos coletivos onde não conseguimos identificar o olhar de cada fotografo? Ao longo andar,este tipo de produção não se configura numa ausência de identidade do próprio individuo no processo de criação ?
Abs, Roberta
um grande OBRIGADO a todos que enviaram perguntas. adoramos! bjos, ig e louise
a telepatia no trabalho do casal eh dada ao amor entre vcs?