*
Fiquei matutando no fim de semana o porquê de certas imagens sempre agradarem, apesar de muitas vezes o clichê ser óbvio; e outras, como as da série de retratos que estou desenvolvendo (exemplo ao lado), causarem tanta resistência, apesar de tão mais próximas da realidade cotidiana de nossos pequenos dramas do dia-a-dia.
*
Já imagens mais oníricas, tecnicamente falsas, cheias de pequenos truques como esta (exemplo ao lado) que fiz para ilustrar as diferenças entre um light-painting “verdadeiro” e aqueles feitos no Photoshop, acabam tendo uma aceitação espantosa, principalmente entre os olhos menos treinados (leia-se a maioria dos usuários do Flickr). Como são mundos diferentes, mesmo usando as mesmas ferramentas para sua produção, a linguagem é patentemente outra, e as reações também o são. A origem, no entanto, é a mesma, o desejo de registrar em imagens tanto um quanto outro universo.
O que estou tentando dizer é que as imagens das quais eu gosto, pouca gente gosta; por outro lado, o que todos gostam passou a ser, no meu ponto de vista, referência da obviedade a ser evitada. Ao optar pelo caminho mais difícil, posso estar cometendo um erro enorme; só o tempo dirá!
Claro que imagens autorais devem denunciar, contar histórias, refletir sentimentos e incomodar.
Só que o incômodo causa desconforto ao observador, o que o faz (hopefully) refletir, e assim gerar a possibilidade de novas alternativas.
Acho que acordei com o dial da filosofia ligado. Vou parar por aqui e esperar os comentários…

Exif da foto da Janaína

Exif da foto da Giselle

Exif da foto da Laínne